"...O problema não está em tudo o que eu acredito,
nem no que desejo. O que me entristece agora é temer que as palavras
sejam só uma ultima aposta pra fugir do inegável. Porque eu também me
sinto assim. É tão fácil dizer o que se quer dizer. Tão fácil agradar
quem se quer agradar. Mas eu tenho, entre outras facilidades, a de
discernir o que é real e o que é apenas uma escapatória do fatal. É isso
mesmo: fatal! Eu nào morro! Ninguém
morre! Mas morrem-se planos, desejos, vontades. A melhor parte de você
morre. É a destruiçao da ponte que existe entre o meu mundo e o seu!
Eu me jurei por diversas vezes não me preocupar. Não me exaltar. Não me
esvair em suspeitas. Me jurei também nao procurar mais saber sobre nada
que maltrate o que ainda me resta. Mas assim como jurei nao comer
doces, nao dormir tarde, enfim... não procedeu. A gente jura pra gente
mesmo, só pra ter uma razão pra nao fazer, porque sabemos que vamos
fazer. Natural que seja assim. Somos seres humanos, resultantes de
desejos e sentidos.
O que eu mais queria agora era que a as
atitudes não teimassem em comprovar o que eu já sei. Só queria aquele
brilho no olhar. Aquele pescoço quebradinho pro lado, uma suspeita de
covinha e uma expressão digna do adjetivo ''bobo''. Queria aquele velho
suspirar. Mas a vida é um parque de diversões: a gente sente frio na
barriga, mas pra ir de um brinquedo ao outro, é necessário por os pés no
chão e caminhar, sempre em frente!..."
13/11/2012
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